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Opinião: O melhor remédio para a saúde moral da administração Bocalom é Frank Lima pedir afastamento do cargo de secretário

Quinta-feira passada eu recebi telefonema denunciado os supostos casos de assédio sexual cometido pelo secretário de Saúde de Rio Branco, Frank Lima.

É claro que um assunto desse interessa a todo e qualquer jornalista.

Só que pedi um tempo para apurar. Afinal, não faço parte do time daqueles que participam de uma espécie de “Esquadrão da Morte” da moral alheia.

Penso que é preciso, acima de tudo, ter responsabilidade antes de colocar uma notícia dessa natureza na rua, haja vista que o homem público tem uma vida familiar privada.

Não estou dizendo que os meus outros colegas não fizeram a devida apuração. Pelo o que li e vi, tudo foi muito bem apurado.

Tenho mais cautela porque participei da gestão pública do Estado durante sete anos e meio. Estive sempre à frente de grandes embates contra adversários políticos.

E sei o quanto dói um ataque covarde contra a sua honra e, principalmente, dos seus familiares.

Sem nunca ter colocado um parente no governo, fui alvo de canalhas que fizeram as pessoas crer que eu era um “porta-cargos” na administração.

O Rosas que tinha parentes era outro, que nem afinidade consanguínea tem comigo.

Por ter sentido na pele as agressões, não me meti no mérito das acusações contra o secretário.

Ocorre que há situações em que ficar em silêncio é colaborar com o erro.

Logo que a denúncia veio a público, o prefeito Tião Bocalom (PP) saiu na defesa do seu assessor.

Bocalom errou feio.

Agiu mais como amigo do que como gestor responsável.

Nessas horas não cabe amizade.

Por seu turno, Frank Lima buscou justificava em supostas medidas adotadas no campo administrativo, que teriam desagradado a outros pessoas e provocado as denúncias.

Tomou o caminho errado.

Para piorar, tanto o prefeito quanto o secretário anunciaram a adoção de abertura de processo administrativo para apurar a veracidade ou não das denúncias.

Medida acertada.

O grande erro, porém, é o processo administrativo transcorrer com Frank Lima no cargo.

No exercício das suas funções, Lima pode muito bem induzir testemunhas, usar da sua autoridade para fazer pressão. Isso é obvio como três mais quatro são sete.

Gesto de grandeza do secretário seria pedir afastamento das suas funções até que tudo seja devidamente esclarecido.

Gesto de autoridade e respeito às mulheres e ao próprio secretário seria o prefeito aceitar esse afastamento.

Seria algo fundamental para assegurar a saúde moral da conturbada administração municipal.

Simples assim.

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vale a leitura