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Recebido com festa por Gladson e políticos locais, candidato de Bolsonaro à presidência da Câmara é acusado de bater na ex-mulher

Deputado alagoano também é acusado de corrupção

Recebido com pompa no Acre pelo governador Gladson Cameli e vários políticos locais, o deputado alagoano Arthur Lira (PP-AL) não é flor que se cheire.

Candidato à presidência da Câmara dos Deputados, e contando com o apoio do Palácio do Planalto e dos aliados do presidente Jair Bolsonaro, o deputado Arthur Lira é acusado de violência doméstica por sua ex-mulher, Jullyene Cristine Santos Lins. A acusação foi enviada em agosto de 2020 ao Supremo Tribunal Federal (STF), que também analisa acusações de corrupção por parte do parlamentar.

Mesmo com a acusação de violência doméstica, o alagoano obteve o apoio de outra mulher acreana, a deputada federal Mara Rocha (PSDB).

De acordo com o jornal “Folha de S. Paulo”, Jullyene Cristine afirma que “o medo a segue 24 horas por dia, pois sabe bem que o querelado é capaz de fazer por dinheiro.”. A petição foi anexada em um processo que a ex move contra Lira por injúria e difamação.

Jullyene foi casada por dez anos com Lira e afirma que  o político “promove o afastamento familiar dos filhos” com “discursos de ódio e chantagens emocionais” e aponta que Lira deve ser enquadrado na Lei Maria da Penha, sendo necessária “proteção urgente” para ela e para seu companheiro na atualidade.

O caso deixou o Supremo e foi remetido ao Juizado de Violência Doméstica de Brasília pelo relator, Luís Roberto Barroso, a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR). Lira discorda da movimentação e quer que o caso volte para o STF.

Não é a primeira vez que o deputado é acusado pela ex-mulher. Em 2018 o STF determinou a perda do registro de uma pistola do deputado após outra acusação de Jullyene, feita ainda em 2006, quando ela registrou boletim de ocorrência contra ele por lesão corportal. Ela alega ter levado tapas, chutes e pancadas e arrastada pelo cabelo, após Lira descobrir que ela já estava em outro relacionamento. Ela também diz que foi ameçada de morte.

Ainda segundo a Folha, a ex-mulher chegou a anexar fotos das lesões ao processo, mas Lira foi absolvido anos depois, quando tanto ela quanto as testemunhas mudaram suas versões e passaram a negar os fatos inicialmente relatados.

Um ano depois da primeira denúncia, a ex-mulher o acusou de ameaça. Ele teria dito a uma babá dos filhos que “seus dias estavam contados”. A babá confirmou os atos, Lira foi indiciado e a denúncia foi aceita ainda em 2007. O parlamentar chegou a ser a proibido de se aproximar da vítima e de testemunhas, não cumpriu a decisão e teve ordem de prisão por coação no processo. Mas o caso prescreveu ao ser enviado ao STF e Lira não foi punido.

Outros processos

Arthur Lira responde a dois outros processos no STF. Um por corrupção passiva por suposta propina recebida de um então dirigente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e outra por ter recebido propina da Queiroz Galvão em troca de apoio partidário.

Além disso, há uma ação da Lava Jato na qual Lira recorre ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) após ele e o pai, Benedito Lira, terem R$ 10,4 milhões em bens bloqueados, após acusação de corrupção na Petrobras.

Outro lado

A assessoria de Arthur Lira negou que o deputado tenha agredido ou ameaçado a mulher ou cometido atos de corrupção.

“Três processos no STF foram arquivados e, no quarto processo, a própria Procuradoria Geral da República pede o encerramento. Em outro, a acusação nem sequer possui amparo legal válido para o período questionado. É natural, portanto, a solicitação da liberação dos bens bloqueados referentes a essas acusações”, disse ao jornal “Folha de S.Paulo”.

Lira também negou já ter sido preso e disse que a ordem de prisão emitida no caso da ameaça por meio da babá foi “ilegal e abusiva” e não chegou a ser cumprida e que as denúncias da ex sempre “mostraram-se infundadas”.

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