Criado na administração do governador Binho Marques (2007-2010), o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) passa por uma das suas piores crises.
A instituição, que deveria se manter à margem da politica, vem sendo usada como trampolim para partidos e postulantes a cargos no legislativo.
O Iapen também vive crise de constantes fugas de presidiários, policiais penais que cedem aos bandidos e facilitam a entrada de produtos proibidos, como armas e drogas nos presídios.
Dentro da autarquia também há uma briga profunda entre os policiais penais e os demais servidores administrativos, que lutam por direitos iguais na lei recentemente aprovada na Assembleia Legislativa.
É nessa briga que surgem as mais variadas denúncias.
Uma delas é que e a sede do Iapen, especificamente o gabinete do diretor-presidente Arleilson Cunha, tornou-se uma espécie de “diretório”informal do PDT.
Segundo um funcionário que pediu o sigilo da fonte com medo de represália, o Iapen tornou-se um lugar marcado pelas perseguições como nunca visto antes.
“Diante de todo cenário crítico, gabinete do presidente virou comitê para reuniões políticas do PDT”, afirma o denunciante.
Ainda segundo a fonte, um dos supostos beneficiados seria o policial penal Rener Fontes, que já se lançou candidato a vereador em Rio Branco.
“No auge da pandemia pessoas competentes estão sendo demitidas e, para os seus lugares, estão sendo chamadas pessoas próximas aos políticos”, denuncia.
O diretor-presidente do Iapen foi candidato a deputado estadual nas eleições de 2018 pelo PDT. Obteve 2.252 votos.