Publicada no site AC24Horas, a matéria não ganhou destaque e nem repercutiu como deveria ter repercutido nos meios políticos e de saúde pública.
Fato é que a matéria assinada pelo jornalista Edmilson Ferreira coloca por terra um dos principais argumentos utilizados na defesa do governador Gladson Cameli: o que ele cuidou bem do Estado durante a pandemia da Covid-19.
Baseada em dados oficiais do Anuário Estatístico do Brasil (AEB) de 2021, lançado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a reportagem revela que o Acre foi o estado com maior número de mortes provocadas pela pandemia da Covid-19.
Segundo o AEB, o Acre apresentou 78 mortes para 100 mil habitantes, enquanto a média nacional é de 76 óbitos para os mesmo 100 mil habitantes. Veja a matéria aqui.
Desde o inicio da pandemia, foram registrados 2.002 óbitos pela doença em todo o Estado.
Ao longo dos últimos dois anos e meio, o governador vem se escudando no vírus para justificar a sua incapacidade de governar e de apresentar resultados nas demais áreas.
Propagou-se em parte da imprensa que Gladson Cameli teria sido um “gigante” durante o período mais agudo da pandemia.
Os números do AEB põem por terra esse gigantismo.
Na verdade revelam que o governador nada ou pouco fez para salvar vidas.
Dançou muito, mas trabalhou pouco.
Houve um período em que Gladson Cameli declarou tem R$ 113 milhões reservados para adquirir vacinas.
Gladson Cameli divulgou que iria comprar mais de um milhão de doses de vacina. Não comprou uma gota. Todas as vacinas que chegaram ao Acre vieram por meio do Ministério da Saúde.
Vacinação, aliás, continua sendo um grande problema.
Com apenas 71,33% da população vacinada com as duas doses, o Acre está entre os cincos estados que menos vacinou.
Números não mentem.
O mesmo não se pode dizer do governador.
