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Vida que Segue: Governador do Acre quer tomar casa de jornalista que lhe fez críticas

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Sigamos. 

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Posso me tornar um novo sem teto na praça.

Esse potentoso apartamento onde moro foi penhorado pela justiça.

Quem pediu a penhora foi o advogado do democrático governador Gladson Cameli.

Impressionante a rapidez da decisão judicial.

O advogado pediu em um dia, em menos de cinco dias o juiz decidiu.

Mas há um problema no meio do caminho: o apartamento de pouco mais de cinquenta metros quadrados é financiado em trinta anos na Caixa Econômica Federal.

As parcelas estão, inclusive, em atraso.

Não é, portanto, no meu nome. 

Tanto o advogado quanto o magistrado deveriam ter observado esse detalhe.

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Você deve estar perguntando o motivo da penhora.

Eu digo.

Há cerca de três anos, o então governador Tião Viana pediu para que eu tornasse pública uma suposta agressão de Gladson Cameli  à sua pessoa.

A suposta agressão verbal teria acontecido dentro de um avião.

Cameli estaria com sintomas de ter ingerido bebida alcoolica.

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Como porta-voz do governador, eu publiquei o fato no meu facebook.

Lembrei que Cameli já havia tido problemas com bebida alcóolica em excesso.

Foi, inclusive, exposto em rede nacional ao ser flagrado no álcool zero.

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A justiça desconsiderou isso e me condenou a pagar uma indenização.

Desde então, o governador vem tentando receber sem obter sucesso por um motivos simples: o meu único rendimento é fruto do meu salário como servidor público.

Os meus advogados irão provar que não tenho imóvel.

Tenho uma dica: o governo me deve uma boa grana. 

Se Gladson Cameli autorizar o pagamento, fica mais fácil receber.

E o cara ainda diz que é democrata.

Esse apartamento onde moro não cabe nem os seu aviões de brinquedo.

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O fim de semana foi marcado por cenas lamentáveis de ação policila contra camelôs. 

Veja o vídeo:

Não vou entrar no mérito sobre o certo e o errado.

Mas digo que isso só acontece por falta de diálogo.

Por falta de liderança.

Vivi momentos difíceis quando fui secretário de Estado.

Todas as vezes que poderia acontecer isso, a primeira ordem do governador era: tire a policia. 

Procurem o diálogo. 

E as coisas sempre terminavam bem.

É incrível como a policia tem sido usada para conter manifestações nos últimos tempos.

A policia foi usada até para impedir a entrada do povo na casa do povo, na Assembleia Legislativa.

É uma pena que o monopólio da força esteja sendo usada para calar  a quem luta pelos seus direitos.

Governo fraco sempre recorre a esses instrumentos.

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Não poderia deixar de falar sobre a entrevista que o ex-governador Jorge Viana concedeu ao jornalista Luis Carlos Moreira Jorge.

Jorge Viana chamou a responsabilidade para si.

Não poupou nem Gladson Cameli nem a prefeita de Rio Branco.

Assumiu o papel de opositor com a estatura de quem tem um legado. 

O jogo começou.

Jorge Viana fez ate a revelação do acordo que firmou com o ex-governador Orleir Cameli.

O acordo era não perseguir Orleir.

Ele disse que cumpriu e o ex-governador sempre agradeceu. 

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É para rir ou chorar?

Gladson Cameli, o democrata que quer tomar a minha casa, declarou que andou se disfarçando para verificar como está o isolamento.

Constatou o que todos sabemos: o isolamento é para inglês ver.

Gladson Cameli, na verdade, está disfarçado de governador. 

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Até mais.

Vida que segue.

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