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Relatório de Marcio Bittar privilegia estados de aliados de Bolsonaro, mas esquece do Acre

Rodovias, adutoras e barragens ganham recursos após pressão de integrantes do centrão

O relatório do senador Marcio Bittar (MDB) no Orçamento da União privilegiou os estados de aliados do presidente Jair Bolsonaro.

Bittar, porém, esqueceu de alocar recursos para o Acre, estado que lhe deu o mandato e senador da República.

O estado que deu quase 80% dos votos a Bolsonaro ficou com zero real de emendas.

Para agradar parlamentares aliados, o senador eleito pelo Acre retirou R$ 26,5 bilhões destinados às despesas obrigatórias, o que pode levar o presidente ao impeachment, caso sancione o Orçamento aprovado no Congresso.

Reportagem assinada pelos jornalistas Thiago Resende e Fábio Pupo, da Folha de S.Paulo, revela que a manobra, que tirou dinheiro de despesas obrigatórias, como Previdência, gerou um impasse jurídico e o Ministério da Economia considera o projeto de Orçamento, aprovado pelo Congresso na semana passada, inviável.

Segundo a reportagem, rodovias, adutoras e barragens ganharam recursos no Orçamento após pressão de integrantes do centrão por mais emendas parlamentares. O centrão é um grupo de partidos que se aproximou de Bolsonaro após a liberação de cargos de indicação política e dinheiro para mais emendas.

“Estados de políticos próximos de Bolsonaro, como Paraíba, Rio Grande do Norte, Amapá e Piauí estão entre os mais beneficiados pela verba extra. A comparação é com base na proporção entre o dinheiro recebido e o tamanho da bancada no Congresso”, relataram os jornalistas.

Ainda segundo a reportagem, integrantes do PP, PL e Republicanos, que são do núcleo duro da nova base de apoio de Bolsonaro no Congresso são políticos desses estados, como o líder do PL na Câmara, Wellington Roberto (PB); o líder do Republicanos na Câmara, Hugo Motta (PB); o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI); o ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP); além do ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), ex-deputado e que pediu a ampliação de recursos para obras em 2021.

“Essas emendas foram distribuídas pelo relator do Orçamento, senador Márcio Bittar (MDB-AC), após negociações com lideranças no Congresso. Como não havia um critério fixo, a alocação do dinheiro seguiu um formato político, segundo pessoas que participaram das tratativas”.

Veja a matéria completa aqui.

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