A frase de um dos maiores ativistas pelos direitos civis da história americana simboliza, de certa forma, o que é o prazer de lutar para percorrer alguns quilômetros sentindo o vento no rosto, os pés no asfalto e a cabeça o infinito.
Num dos seus célebres discursos, Martins Luther King disse: – Se não puder voar, corra. Se não puder correr, ande. Se não puder andar, rasteje, mas continue em frente de qualquer jeito.
A frase, embora não tenha sido proferida no contexto esportivo, se encaixa como uma luva na vida daqueles e daquelas que escolheram a corrida como prazer, diversão, esporte e meio de cuidar da saúde.
Corrida é o mais democrático dos esportes. Quem impõe os limite é o próprio corredor.
Para o corredor, seja amador ou profissional, o caminho é detalhe. O que importa é a forma de caminhar. Ou melhor: de correr.
São vários tipos de atletas, diversos os objetivos, mas todos sabem que o importante é o chegar.
Há os que voam, que buscam superar o tempo e diminuir o pace.
Os que simplesmente correm.
Os que andam e até os que rastejam.
Cada um, a sua maneira, busca na superação a razão de continuar seguindo em frente.
A cada passada, um desafio superado.
Corrida de rua não é apenas pensar e liberar adrenalina, serotonina e endorfina.
É muito mais.
É sentir no corpo a liberdade na cabeça, de soltar os pensamento num voo livre, cuja linha imaginária da chegada transporta o corredor ao infinito.
Correr é uma viagem.
Uma viagem que, a cada dia, ganha mais e mais adeptos.
Grupos que se reúnem nas madrugadas para treinar, interagir, fazer amizades.
Corrida é solidariedade.
Há assessoria especializadas, que permitem o aprimoramento, com técnicas, na forma de correr.
Uma dessas assessorias é a Realize Assessoria de Corridas.
Idealizada pelo professor Mailson Leal, a Realize tornou-se referência por, de certa forma, ser uma espécie de prolongamento familiar dos alunos.
Mais do que treino, há diversão.
Neste sábado, a Realize promoveu o último “longão” do ano.
Às 5 horas, em ponto, foi dada a largada do aeroporto internacional Plácido de Castro.
Foi uma festa.
O desafio da distância e das ladeiras é “comido” e saboreado com suor, alegria e muito pé no asfalto.
São 13 quilômetros.
É bom fazer o que se gosta.
Melhor ainda é sentir no corpo que é possível se superar a cada passada.
Os alunos da Realize carregam o sentimento de felicidade e realização ao cruzar a linha de chegada.
Terminam com o sabor de quero mais.
Nessas hora sempre é bom lembrar do médico nacionalmente conhecido Drauzio Varella.
Ele começou a correr tarde.
Certo dia, o médico cruzou com um conhecido de colégio que não via havia muito tempo. Daquela conversa arrastada, um comentário do amigo o marcou: – Ano que vem, 50 – em que tem início a decadência do homem”.
Drauzio, que completaria meio século de vida no ano seguinte, ficou intrigado. Afinal, sentia-se bem, corria ocasionalmente e estava sem fumar fazia 13 anos. E, principalmente, ainda tinha muitos projetos e desejos a realizar. Resolveu, então, propor um desafio a si mesmo: correria a Maratona de Nova York dali a um ano.
Ele não correu apenas a Maratona de Nova York. Com quase 80 anos de idade, é maratonista desde então.
“O corpo humano não foi feito para ficar parado. A evolução nos preparou para o movimento”, ensina o médico.
Para iniciar os primeiros passos na corrida não há idade certa.
Correr é realizar sonho.
Nunca é tarde para realizar esse sonho.
Dê as primeiras passadas e Realize.
Eu rascunhei esse texto correndo. Fiz os 13 quilômetros quase rastejando.
Com o percurso concluído, voei para juntar as palavras e escrever esse texto.
Sempre com o sentimento de querer sempre mais.