“Aquilo está um caso de polícia. Não sei o que está faltando para os órgãos de controle intervirem”.
A frase foi proferida por um médico para relatar a situação hora vivida na unidade de saúde denominada Into-Covid.
Para gerir a unidade, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde, contratou, sem licitação, a empresa goiana Mediall Brasil S.A., pelo valor inicial de R$ 54,3 milhões.
Pelo o que vem demonstrando, a empresa recebeu muito dinheiro, mas apresenta pouco serviço.
Nesse contra-sensos inexplicáveis à luz da boa gestão pública, a unidade não conta com um infectologista no quadro.
Também não há intensivista, médico especialista em atendimento de UTI.
O desespero dos familiares dos pacientes, pela absoluta falta de informação sobre as pessoas internadas é algo constantes.
Em publicação nas redes sociais uma internauta clama por mais atenção do governador Gladson Cameli. Ela também apela para a primeira-dama Ana Paula.
“Hoje perdemos mais uma pessoa que amamos para a Covid. A dor é grande, que Deus nos conforte e nos guarde”, diz a internauta.
Marcando o governador e a primeira-dama, a internauta prossegue: “A minha família, assim como muitas outras famílias, sofreram não só a perda, mas a falta de um comitê (sensível) do @intoac, para informar e acompanhar com informações”.
A internauta continuou o apelo: “Peço ao senhor governador que solicite ao secretário de Saúde que reveja a situação da sociedade, que protocolos sejam revistos, que não viremos apenas apenas estatísticas”.
Os casos de Covid-19 só aumentam.
O secretário de Saúde, Alysson Bestene, anunciou mais dez leitos de UTI.
Mas de nada valerá equipamentos e mais leitos se o atendimento não for humanizado e com profissionais qualificados.
Não faz sentido a empresa ganhar tanto dinheiro e não contratar ao menos um infectologista.