Por Fábio Pontes
As fake news em torno da morte do cacique Fernando Katukina, ocorrida na madrugada da segunda (1º), já se espalham por todo o Brasil.
A informação, obviamente, dá conta de que o óbito teria ocorrido como consequência de ele ter recebido a primeira dose da Coronavac entre a população indígena do Acre.
As mentiras obrigaram o Instituto Butantan – fabricante da vacina – e a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde, a desmentirem os boatos.
Por meio de sua conta no Twitter, o Butantan esclareceu: “São Fake News as mensagens que circulam nas redes afirmando que o indígena Fernando Katukina, do Acre, morreu após tomar a vacina contra Covid-19. A médica que o atendeu já negou e disse que a vacina é segura.”
Ainda ontem, o comando da Sesai em Brasília emitiu nota negando qualquer relação da morte do cacique Fernando Katukina com sua vacinação contra a Covid. Muitos estão usando o episódio para desqualificar a vacina, no momento em que já há muita resistência entre os indígenas.
“Em nenhum momento foi constatada conexão entre a vacinação e seu óbito. A propagação de qualquer notícia especulativa neste momento tão importante para o combate à COVID-19 dentro das comunidades indígenas, pode ser considerada, no mínimo, irresponsável”, diz a Sesai.