Frase: “A população em geral não sabe o que está acontecendo, e eles nem sequer sabem o que não sabem”, Noam Chomsky
A despetização
No início do primeiro mandato do governador do Acre, Gladson de Lima Cameli, o Dancinha, a palavra exaustivamente utilizada foi a ‘despetização” da administração. Era apenas conversa para eleitor desavisado acreditar. A vida real se mostrou de outro jeito.
Cadeia de representação
A fala sobre a ‘despetização’ fez efeito para a plateia. Só que o discurso não se sustentou diante da realidade. É fato concreto que toda a cadeia de representação política no Acre foi aliada do PT e compôs partidos que formaram a Frente Popular do Acre.
Aos nomes
Gladson Cameli, Sérgio Petecão, Alan Rick, Socorro Neri, Ulisses Araújo, Tião Bocalom e vários deputados estaduais nasceram e cresceram politicamente sendo aliados do PT e em partidos que deram sustentação aos governos petistas. Não há como tentar esconder a história.
Os prefeitos
Diversos prefeitos trocaram de partidos, mas marcharam com o PT e com a Frente Popular. Vou citar alguns. Zequinha Lima, de Cruzeiro do Sul, e Camilo da Silva, de Plácido de Castro, eram do (PCdoB). Rodrigo Damasceno (Tarauacá), Juarez Leitão (vice-prefeito de Feijó), Tamir Sá (Santa Rosa do Purus) e Jerry Correia (Assis Brasil) foram petistas. Carlinhos do Pelado, de Brasileia, um dia pertenceu ao PSB. Por fim, Tião Peixão Bocalom, de Rio Branco, chegou a ser secretário de Jorge Viana.
Principais secretários
Secretários de pastas importantes da administração estadual serviram aos governos petistas. Aberson Carvalho (Educação), Américo Gaia (Segurança Pública), Jose Luiz Tchê (Agricultura), Ricardo Brandão (Planejamento), Nei Amorim (Esportes) e Amarísio Freitas (Fazenda) fazem parte desse time. Até o Luiz Calixto foi uma espécie de vice-líder do governo Jorge Viana.
Time B
Gravíssimo problema do governo do Dancinha é que ele prometeu despetizar a administração, mas não o fez. Quando ‘petizou’, fez a opção pelo time B ou C das administrações petistas. É claro que jogadores das séries mais baixas não poderiam dar resposta de quem joga na Série A.
Crise nos terceirizados
Milhares de trabalhadoras e trabalhadores podem ficar sem receber o décimo-terceiro. Isso porque os contratos com o governo não foram corrigidos. Os realinhamentos chegam aos R$ 50 milhões. Minha opinião: com o Estado quebrado, os contratos não serão realinhados.
Cabide de emprego
Historicamente, esses contratos com empresas terceirizadas foram utilizados como verdadeiros cabides de emprego, os antigos currais eleitorais. Ocorre que na atual administração a situação avançou de maneira gritante. O governo não vai rever os contratos. Muitos têm pendências de cinco ano.
Atenção, Anac!
Gosto de bisbilhotar as coisas antes de falar. Há um debate grande sobre o fretamento de aviões pelo governo do Acre. Até o MPE saiu da sonolência e entrou na história. Fiz uma pesquisa no site da Agência Nacional de Aviação (Anac). Descobri que ao menos duas aeronaves estão operando como taxi aéreo sem a devida autorização oficial. A operação foi negada.
Fechamento do Hosmac
Está tudo muito doido no Acre. Em vez de ampliar e melhorar o atendimento no Hospital de Saúde Mental do Acre (Hosmac), a turma inteligente do governo, com a anuência do Ministério Público Estadual, quer fechar as portas da unidade. Tem cabimento uma coisa dessa?
Os internos
O conjunto da população desconhece. Mas hoje há cerca de 20 internos permanentes no Hosmac. Tem pessoas com mais de 30 anos naquele local tão importante. Se a ideia do governo prosperar, onde irão abrigar esses seres humanos? Toda decisão tem que vir acompanhada de planejamento e inteligência.
Reimão dos Reis – foto
Na década de 1990, o juiz federal Evandro Reimão dos Reis atuou aqui pelo Acre. Chegou até a casar por aqui. Hoje, como desembargador federal do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6), foi condenado pela Justiça de Brasília por litigância de má-fé. Ele teria feito o uso de uma ação popular, instrumento constitucional destinado à defesa do interesse coletivo, para fins pessoais, incluindo ataques à ex-mulher e pedidos de indenizações milionárias em benefício próprio.
Pena pesada
A sentença foi assinada pela juíza Diana Maria Wanderlei da Silva, da 5ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal, e determinou o pagamento de multa de 1% sobre o valor da causa, estimada em R$ 150 milhões, além das custas processuais. O valor total da penalidade, com juros e correção, supera R$ 1,5 milhão.
Ex-esposa acreana
Consta no processo que Reimão dos Reis apresentou ação popular contra diversos réus, entre eles sua ex-esposa, Verusca Maria Montenegro Mappes, e órgãos públicos como a União, o Ibama e o Incra, alegando suposta apropriação indevida de terras da União na Reserva Extrativista Riozinho da Liberdade, no Acre. Verusca é acreana de Cruzeiro do Sul.
Água abaixo – foto
As obras na Orla do 15 estão paralisadas. O governo não pagou, a empresa se retirou. Dentro dos próximos dias, o nível do Rio Acre irá subir muito. O povo acreano, mais uma vez, terá a triste oportunidade de ver como é que milhares de reais são, na expressão completa da frase, levados por água abaixo.
Apologia à mentira
O governo segue fazendo da mentira o melhor caminho para propagandear o que não fez. Está sendo divulgado na imprensa um VT de 30 segundos de supostas obras governamentais. O vídeo começa e termina na mentira. A mentira da abertura é que a Estrada Dias Martins está sendo duplicada. Olha, essa via passou por processo de duplicação na década de 1990, quando o governador Edson Cadaxo, após um acidente que ceifou as vidas de cinco estudante da Ufac, fez a intervenção.
Jorge melhorou
Quando assumiu o governo, em 1999, o petista Jorge Viana melhorou o serviço que havia sido feito por Edson Cadaxo, que era o seu vice no primeiro mandato. O governo Cameli, portanto, não está duplicando nada. A obra na Dias Martins está sendo realizado depois do Condomínio Ipê, na estrada do Barro Vermelho, com dinheiro do governo federal.
Um buraco e as casas
Dando como grande feito, a propaganda mostra um grande buraco no centro de Rio Branco, falando sobre a construção de um viaduto. Encerra vendendo o peixe da construção de casas populares. Ambas as obras estão saindo por meio de recursos federais, do presidente Lula.
Homem sem defesa
Você percebeu que o Gladson de Lima Cameli, o Dancinha, tornou-se um homem sem defesa? Não há ninguém que vá a público defendê-lo com ênfase, bradando que estão próximos a condenar um homem honrado e honesto. Só falam em recurso.
Sem indignação
Uma pessoa injustiçada não vai para o abatedouro judicial de cabeça baixa, sem lutar pela inocência. Gladson Cameli nunca lutou para provar que não é culpado. Ele sempre tentou impedir as investigações, em anular o processo. Não conseguiu.