Antes era só ameaça.
Ontem o chefe do Núcleo do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) em Cruzeiro do Sul, colocou no papel o método perseguidor adotado pelo governo do Estado comandado por Gladson Cameli.
Lindemberg Chaves, o chefe, pode ter dado um tiro feio nos pés.
Ao chegarem para trabalhar, o técnico Josué Torquato e a engenheira agrônoma Celiana Barbosa receberam a notificação de que foram desligados do corpo técnico da Representação.
Os funcionários, que têm as vidas estruturas em Cruzeiro do Sul, foram colocados à disposição da presidência do órgão, cuja sede é em Rio Branco.
Arbitrariamente, Lindemberg Chaves concedeu prazo de 15 dias para que os técnicos se apresentem na capital do Estado.
É incrível, mas Torquato e Celiana Barbosa estão sendo penalizados por fazerem a coisa certa.
Os dois autuaram e embargaram um frigorifico do prefeito de Rodrigues Alves, Sebastião Correia, por vários crimes ambientais. Poderiam ter aplicado multa de até R$ 500 mil, mas multaram em apenas R$ 25 mil.
Correia, em vez de adequar a sua empresa, recorreu à política. Por determinação superior, segundo ele, Chaves, exigiu que os funcionários retirassem o embargo e a multa.
Os técnicos recusaram.
Diante do impasse, veio a ameaça de perseguição.
Prudentes, Josué Torquato e Celiana Barbosa têm provas robustas contra Lindemberg Chaves, que podem comprometer o presidente do Imac, André Hassem, e o próprio governador.
Hoje, os funcionários irão ao Ministério Público e à Justiça, formular denúncia contra a perseguição e apresentar as provas.
Se os fatos forem apurados com o devido rigor, os perseguidores poderão sofrer sérias sanções pelos seus atos.