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Governo vai pagar quase R$ 300 mil para abrigar Depasa no prédio do irmão de Marcio Bittar

Contratação foi um dos últimos atos de Tião Fonseca à frente da autarquia

Com passagem relâmpago, pouco produtiva e com uma avalanche de denúncia pela presidência do Depasa, o engenheiro Tião Fonseca deixou como um dos seus últimos atos um mimo à família do seu protetor politico, o senador Marcio Bittar (MDB).

Tião Fonseca alugou um imóvel, por R$ 276 mil, de propriedade da empresa L & B Participações e Empreendimentos, por meio da Arras Imobiliária. O extrato do contrato foi publicado no Diário Oficial Estado, no dia 25 de junho.

Teoricamente, a transação é isenta de qualquer conotação e interesse político.

Mas, entre a teoria e a prática há uma diferença pantagruélica.

A L & B Participações e Empreendimentos foi representada pelo engenheiro Caio Lima Bittar, que reside em Belo Horizonte.

Caio Lima Bittar é filho do casal Mauro Bittar e Marcia Lima, os verdadeiros sócios e proprietários da empresa.

Mauro Miguel Bittar foi homem forte durante o governo Flaviano Melo (1987-1990), sendo acusado de ser um dos beneficiados pelos dividendos financeiros de uma conta fantasma chamada Flávio Nogueira, que desviou milhões de reais dos cofres públicos.

Mauro foi um dos responsáveis diretos pela primeira eleição do seu irmão Marcio a deputado estadual, na década de 1990.

A transação imobiliária carrega todas as características de tráfego de influência, haja vista as relações entre o agora ex-presidente do Depasa Tião Fonseca e o senador Marcio Bittar.

As evidências ficam maiores quando é lembrado que outra diretoria da autarquia era exercida por Edson Siqueira, que se autodenomina com o sobrenome Bittar, por ter sido criado com os irmãos.

Siqueira foi abrigado na Fundação Elias Mansour em uma diretoria.

Localizado na Avenida Getúlio Vargas, número 2.137, o prédio está há décadas sem ocupação. Há no meio técnico informações de que o imóvel fora condenado por falha estrutural e de projeto. 

Se há falhas não há confirmação, mas a reportagem apurou que a futura sede do Depasa não teria o Termo de Habite-se exigido pela legislação.

O que há é um laudo do Corpo de Bombeiros afirmando que está regularizado o para o sistema de incêndio, extintor e luminária. Não há, por exempl, escada de proteção contra sinistro.

Preocupados, porque irão sair de um endereço central, de um prédio novo e seguro para um prédio considerado condenado, os servidores alegam que temem sofrer algum tipo de acidente.

“Estamos com medo daquele prédio, Fizeram toda essa manobra para beneficiar o irmão do senador Marcio Bittar”, comentou um servidor que pediu para não se identificado.

Os órgãos de controle poderiam verificar melhor essa contratação sem licitação.    

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