Durante a campanha, Gladson Cameli declarou que as empresas da sua família não iriam fazer transações comerciais com o governo do Estado.
Eram apenas palavras de um político que não prima por honrar o que diz.
Já durante o pico da pandemia da Covid-19, o governo do Estado contratou por mais de R$ 4 milhões, sem licitação, a empresa de um primo de Cameli para construir o hospital de campanha do Juruá.
Agora, mais uma vez, um primo do governador leva obra sem participar do devido processo licitatório com ampla publicidade.
Trata-se de CZS Engenheria Eireli, cujo sócio majoritário é Orleilson Cameli.
A empresa levará R$ 5.2 milhões para executar as obras de reforma e readequação do Palácio das Secretarias, onde funciona a Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento (Seplag).
Como dito anteriormente, não houve licitação com ampla publicização.
É uma obra financiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, dentro do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Estado do Acre (PSDA).
A modalidade de escolha da empresa se deu por comparação de preço, uma espécie de carta-convite, que dispensa maiores formalidades e complexidades.
Segundo fonte do Portal, há várias outras obras a serem executadas dessa forma.
Essa modalidade não é ilegal. Tem até acórdão do Tribunal de Contas do Estado atestando a legalidade. O questionamento pode ser outro.
Enquanto a obra é executada, a Seplag alugou um prédio da senhora Rita Severiano de Souza Rocha, que é casada com o Ademir Rocha, que vem a ser tio do vice-governador Wherles Rocha.
Tudo isso deve ser mera coincidência.